quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A resignação do Papa, por exemplo

Devo confessar que este Papa sempre me pareceu um enigma demasiado frio e fechado. O primeiro gesto de Bento XVI que verdadeiramente me sobressaltou foi este da sua resignação. Sim, do modesto ponto vista deste escritor, a história de Joseph Ratzinger/Bento XVI começaria agora. Uma história em busca desse momento interior, misterioso, porventura intraduzível, em que alguma coisa acontece na alma do sábio alemão — e o faz decidir assim. Deixar de ser Papa. Pois, talvez esteja a puxar a brasa à minha sardinha, mas parece-me que o jornalismo de hoje devia ter espaço para este tipo de histórias. Sabemos os factos. Mas, para vermos as interrogações com o máximo de clareza, precisamos também de imaginação. Será?

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