quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O país da austeridade

está no New York Times, a preto e branco. Portugal não pode ser isto, a Europa não pode ser isto. Vamos lutar contra esta coligação Merkel-Gaspar-Coelho-Portas com as cores todas que existem — vamos?

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Sobre uma fotografia de Ruth Orkin

Calem-se, cães. Se sofro não é de medo, é porque já devia estar lá à frente e ainda estou aqui. Quero chegar ao amanhã, mas vocês não sairão nunca deste lugar. Quando eu passar e desaparecer, fico. Mas vocês, não saindo daqui, desaparecerão também, e não ficam. Adeus para sempre. Ou melhor, até nunca. É exatamente o que merecem.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A metáfora do novo jornal Público

Clica-se no nome do primeiro-ministro de Portugal e aparece:




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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Poesia na democracia

Camila, vem-nos ajudar a lutar contra esta austeridade triste, feia e má. É como diz o outro: falta pôr poesia na democracia!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Professor Ibra

Isto é um golaço, claro, e também uma bela lição de comédia. Se arriscares o ridículo, se fores capaz de dar um salto no vazio, se não tiveres medo de, por exemplo, representar alguém que, num mundo sem gravidade, consegue escorregar numa casca de banana ao subir uma parede, ou um qualquer charlot a tentar dar um mortal invertido com uma daquelas bicicletas pré-históricas que têm uma roda enorme e outra mínima, se souberes ser tu próprio, se a tua alma tiver as toneladas de à-vontade necessárias para fazer o que realmente sabe que tem a fazer — nesse caso, sim, contra todas as previsões, podes muito bem conseguir.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Escrever música

Beck teve uma ideia redonda e feliz como um ovo de Colombo. O disco que vai lançar em dezembro não é um disco, é um livro. Música escrita, para pôr o mundo a tocar, a cantar, a desarrumar os lugares comuns. A malta da New Yorker já espreitou a novidade, e saiu isto.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Três Tímidos Telegramas

Para começar há que acabar com a austeridade stop Quem é que ainda não percebeu que assim não vamos lá ponto de interrogação stop Mesmo em termos puramente económicos o corte é contraproducente stop e stop já

A esquerda não se pode enclausurar no protesto abrir aspas patriótico fechar aspas stop Temos de falar como europeus na Europa stop Por uma Europa nova mais aberta mais justa mais democrática stop A luta tem de ser por mais Europa com mais democracia stop A Europa não é isto homens da regisconta a saírem do avião para dizerem aos nossos governantes o que fazer stop e stop já A Europa é outra história nós todos termos uma voz em Bruxelas maior do que milhões de aviões stop A Europa é agora é urgente é escolhermos que Europa enquanto europeus de corpo inteiro stop Sim ponto de interrogação stop Sim sim sim ponto de exclamação stop A luta da esquerda tem de ser mais sim stop

Meus amigos regressámos ao futuro voltou a política por favor não finjam que não veem stop Não stop

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

A ditadura do dinheirinho

Assim havemos de ir longe. Cortar no conhecimento, no pensamento, no futuro, o que é que nos há de trazer? Como é que se sai deste buraco sem inteligência, digam-me por favor? Não só não se sai como quando, daqui a uns tempos, por um dos tais "milagres cíclicos", a crise voar para outro lado, o que nos restará será uma paisagem de terra queimada. 
Para quem ainda tivesse dúvidas, fica claro que afinal a tal "inovação" só cabe mesmo nos discursos para a fotografia. Como a cultura, que é importante para umas citações, para uns "eventos" lá fora, e basta. Mas não, não basta — se isto é um país e não apenas um terreno, não pode bastar.
O subtexto desta ditadura do corte é a ideia de que o dinheiro é o centro de tudo. Não o valor, nem sequer a riqueza, mas o dinheirinho. Tudo à volta é muito importante, sim, claro, como são importantes as flores e os bibelôs. Mas o dinheirinho é que é. Para esta maneira de ver o mundo, tudo o resto é decorativo. É mesmo assim que queremos viver?

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Jornal Local: tragicomédia

Jornal Local passou pela Calçada da Estrela e viu. As manchas de tinta vermelha e preta na parede da Assembleia da República são explosões tontas, teatrais, trágicas. Como se no corpo da democracia crescessem borbulhas em forma de flor.