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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
domingo, 21 de abril de 2013
segunda-feira, 15 de abril de 2013
domingo, 14 de abril de 2013
A parábola do tecnocrata
Nunca tinha visto Rich and Strange de Hitchcock. Não é exatamente o que hoje se chama comédia romântica, mas anda lá perto. Será mais um romance cómico. Um filme entre o mudo e o sonoro, com a graça das antiguidades e o espanto da modernidade — do tempo em que se entrava no futuro sem pedir licença. Esta primeira sequência funciona sozinha, uma curta-metragem que ensina cinema melhor que mil manuais.
sábado, 13 de abril de 2013
Estacionamentos Nobel
A Europa devia aprender a fazer isto — lugares de estacionamento para prémios Nobel — a ver se agarra mais cérebros. Além do mais, é boa publicidade. ("NL" é de "Nobel laureate".)
terça-feira, 9 de abril de 2013
Nao
Há de certeza um poema sobre o jet lag, mas onde?
E um conto kafkiano em Berkeley?
Bonita a poesia concreta de Paul Krugman no New York Times: "Just Say Nao"
E um conto kafkiano em Berkeley?
Bonita a poesia concreta de Paul Krugman no New York Times: "Just Say Nao"
sábado, 6 de abril de 2013
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Aeroportos, aviões, cinema
Um aeroporto é como aquele filme do Altman. Histórias que se definem em poucas pinceladas, misteriosamente, com uma clareza no limite do realismo. Por exemplo, um casal de sessentas e tais num corredor do terminal 1 da Portela a experimentar óculos. Falam o inglês suave e nasalado da América, mas o homem traz uma boina galega e a mulher um cajado de caminhante. A jovem vendedora segura um espelho sobre o ombro como um pirata com o seu papagaio.
No retângulo sem moldura o rosto da americana experimenta óculos escuros. Que ideia estranha, óculos negros na superfície de um espelho.
Um pouco atrás, o homem da boina está de boca aberta, suspenso; um peregrino à espera da revelação.
E já está. De repente tudo explode com uma gargalhada branca. “No wonder they're so nice!” diz a mulher quando a vendedora anuncia o preço.
No avião vejo um filme onde o protagonista inventa um filme para conseguir uma coisa no mundo. No céu, sobre as nuvens, as pessoas olhando para as imagens, cada uma com o seu ecrã, como se olhassem para espelhos.
O avião levanta voo em Newark. Baldios, estradas, armazéns, tudo ficando mais e mais pequeno, mais e mais nítido. Depósitos brancos como aspirinas gigantes depositadas sobre a terra. Cinema real!
Por exemplo, o miúdo pequeno fugindo aos pais na direção da porta de embarque. A mãe chama-o, e depois o pai também. Mas ele continua. Um miúdo de quatro, cinco anos?, cabelo cortado à escovinha. Passa por baixo da fita azul, lá vai ele.
Avançando na direção do filho, o homem agora fala mais forte. O miúdo para, mas não se vira para trás. E, já que ele não está olhar, o pai sorri.
No retângulo sem moldura o rosto da americana experimenta óculos escuros. Que ideia estranha, óculos negros na superfície de um espelho.
Um pouco atrás, o homem da boina está de boca aberta, suspenso; um peregrino à espera da revelação.
E já está. De repente tudo explode com uma gargalhada branca. “No wonder they're so nice!” diz a mulher quando a vendedora anuncia o preço.
No avião vejo um filme onde o protagonista inventa um filme para conseguir uma coisa no mundo. No céu, sobre as nuvens, as pessoas olhando para as imagens, cada uma com o seu ecrã, como se olhassem para espelhos.
O avião levanta voo em Newark. Baldios, estradas, armazéns, tudo ficando mais e mais pequeno, mais e mais nítido. Depósitos brancos como aspirinas gigantes depositadas sobre a terra. Cinema real!
Por exemplo, o miúdo pequeno fugindo aos pais na direção da porta de embarque. A mãe chama-o, e depois o pai também. Mas ele continua. Um miúdo de quatro, cinco anos?, cabelo cortado à escovinha. Passa por baixo da fita azul, lá vai ele.
Avançando na direção do filho, o homem agora fala mais forte. O miúdo para, mas não se vira para trás. E, já que ele não está olhar, o pai sorri.
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