sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Falta utopia

Diz a peça Grande cena, que está em Guimarães, no CCVF, até domingo.
E digo eu, nesta entrevista feita por António José Teixeira para o Jornal de Negócios. (Correção a uma data referida na entrevista: Joseph Roth morreu em 1939.)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Amanhã, na Antena 3, às 21.20h, há Voz Guia



Ana e Raúl vão à Piscina Olímpica de Chelas assistir à prova de 50 metros livres de António. E o que é que acontece? Voz Guia, episódio 13.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

telex O Que Eu #7

Grande cena estreia dia 28 de janeiro, no CCVF, em Guimarães. Um texto meu, com encenação de Marcos Barbosa e interpretação de Alheli Guerrero, Anabela Faustino, Ivo Alexandre e Marcos Barbosa. Produção Teatro Oficina. Dois casais de atores inventam em palco dois casais de atores. É uma comédia sobre teatro, terrorismo e guacamole.



E, dia 6 de fevereiro, a Anatomia de Otelo salta para o mundo, no Teatro da Trindade, em Lisboa. Depois irá a Faro, Cartaxo, Ovar e Porto. Um projeto de “artes e educação para a cidadania”, que se concretizou em oficinas de teatro-e-tudo com alunos da Escola Luís António Verney durante um ano e meio, e que resulta agora num espetáculo à séria, encenado por Cristina Carvalhal. Eu escrevi o texto a partir das iluminações shakespearianas que foram acontecendo nos ensaios. Produção Acordarte/Causas Comuns.



Entretanto, na Antena 3, continua Voz Guia, onde conto a história com agá pequeno do escritor Raúl Morais misturada com a História com agá grande do mundo. Sou eu mais as maravihosas vozes de Catarina Requeijo e Miguel Fragata. Dá para ouvir todos os episódios aqui




segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Being Paul Giamatti

The NYT does a piece on the great Giamatti.


There's a bit about Billions, Straight outta Compton, wigs and facial hair, but, oddly enough, no mention of:


What do we talk about when we talk about the crisis of journalism?


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Uma voz cega na rádio

Hoje, pelas 21.20h, na Antena 3, passa um novo episódio de Voz Guia.

Jornal Local: clara sombra

De manhã, na Rua da Oliveira ao Carmo, acende-se uma luz atrás de uma porta de vidro — Jornal Local estava lá e viu — e levanta-se a sombra imensa de uma mulher — a própria ideia de mulher — puro cinema mudo.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Grande cena

Já falta pouco. Grande cena vai estrear no dia 28 deste mês, no Pequeno Auditório do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães. Uma comédia sobre teatro, terrorismo e guacamole. 
O texto é meu, a encenação é de Marcos Barbosa e a interpretação é de Alheli Guerrero, Anabela Faustino, Ivo Alexandre e Marcos Barbosa. A cenografia é de Ricardo Preto e o desenho de luz é de Pedro Vieira de Carvalho. Uma produção do Teatro Oficina.

sábado, 9 de janeiro de 2016

Que bela mestiçagem anglo-luso-brasileira

É uma alegria, O grande livro dos pequenos detalhes no Maria Matos. Texto de Alexander Kelly. Um espetáculo de Cláudia Gaiolas, Michel Blois, Paula Diogo e Thiare Maia Amaral. 

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Raúl Morais no mundo de 2016

Voz Guia continua por 2016 dentro — hoje, às 21.20h, na Antena 3, dá o episódio 10.


Resumo dos últimos episódios: 

8
A caminho de casa dos sogros para passar o Natal, Raúl tem um sonho estranho. Numa Síria feita de restos e ecos, uma mulher misteriosamente grávida foge de bombas que caem do céu. Há  controlos de passaporte, um mendigo sinistro, um Yoda que fala espanhol. É Natal?

9
A família Morais vai para um hotel do Douro, para a passagem de ano. Uma banda toca música de hotel e Ana puxa o marido para a pista. "Strangers In the Night." Raúl pensa demais enquanto dança. Tem um só pedido para o futuro que começa já em 2016.

Temos de fazer um jornal novo

Temos de fazer um jornal novo. Podia ter uma primeira página feita por Rui Chafes. Uma primeira página de delicadíssimo aço preto. Abria-se e aparecia, por exemplo, um vídeo em forma de ensaio com o Povo como personagem principal. Um jornal onde Almada Negreiros se sentisse bem. Onde as crónicas de Joseph Roth tivessem o destaque que merecem nestes tempos de desagregação europeia. As fotografias valeriam por si, sem serem ilustrações para o texto e sem precisarem de legenda. A prosa dos textos seria variada, mas sempre buscando uma justeza em relação às coisas ditas. Nas páginas de dentro, poderia haver uma rubrica chamada Jornal do Real que valeria (discretamente, qual sussurro) como subtítulo do jornal todo. O nome mesmo tem de vir só com a cara. E o desenho da coisa teria de se confundir com a própria coisa. Um jornal de frente para isto de estar vivo. Um jornal que fosse a arte poética de cada dia. Para olhar o mundo com clareza, cada dia, temos de inventar uma linguagem ao mesmo tempo simples e doida como o mundo, talvez. É uma pergunta que deveria atravessar todos os números desse nosso jornal futuro. Um superpoder de trazer por casa.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Postal dos dias primeiros

Digo que, sem Manuel João Vieira, não haveria Samuel Úria.

É urgente ir ao Porto, antes que o futuro volte a fechar-se, para ver as coisas primeiras, as coisas últimas, as coisas todas, de Helena Almeida. É como uma aula de cinema; igual a uma palavra que saísse deste texto pelos próprios pés, encarando o leitor com olhos sérios e irónicos.

Uma ideia realista para melhorar a educação em Portugal: criar uma disciplina chamada Beatles.

Bem sei que o fim do televisor não é o fim da televisão e muito menos o fim do televisionismo dominante. Mas talvez abra brechas novas que permitam levar o cinema-cinema para o centro do espaço público — sim?

Este é o tempo de fazermos um jornal vivo, com ideias fortes e sangue na guelra, à medida de cada dia.

E levar concertos de literatura pelo país dentro, fazer campanha pela verdade imaginada?