Mostrando postagens com marcador euro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador euro. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Recorto as palavras do primeiro-ministro italiano

"Estamos a escrever História, não um manual de Economia", disse ontem o primeiro-ministro de Itália, Giuseppe Conte, a um canal alemão.
Devíamos fazer cartazes, bandeiras, t-shirts com esta frase. Quando a pandemia se for, devíamos tomar as ruas com ela e mostrar aos nossos representantes políticos que a Europa tem de ser mais do que é se quer ser alguma coisa. Esta é uma frase de todos: a síntese perfeita da revolução europeia que nos falta fazer.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

"Against the advancing armies of Trumpismo"

Na morte de Mário Soares, que lutou pela democracia em Portugal e por uma Europa unida e democrática, a lembrança de que essas são conquistas sempre em cheque, sempre em construção. Este texto de Timothy Garton Ash ajuda a achar os nomes certos e a pensar nas respostas necessárias. Chama-se "Is Europe Disintegrating?" (NYRB)

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Chantagem política bem rasteirinha

...Isto das sanções. A ideia é só "provar" a impossibilidade de uma governação anti-austeridade na Europa (veja-se o discurso diferente para Espanha e para Portugal). A coisa começa a ganhar contornos mais do que preocupantes. É que já não é só vistas curtas, é mesmo brincar com o fogo.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Outra vez a história das duas velocidades?

É bom que se pense como sair da terrível embrulhada em que os austeritários nos puseram. Mas esta ideia de François Hollande não ajuda à democracia na União ou na Zona Euro. 
E se, em vez de duas velocidades, falássemos, por exemplo, de federalização da dívída, de um orçamento a sério (com receitas próprias) da União, de um Parlamento Europeu que fosse verdadeiramente a casa da democracia europeia e, perante o qual, a Comissão tivesse de responder, de um chuto para cima do Conselho Europeu (transformado talvez em segunda câmara, para ter em conta o equilíbrio dos diferentes interesses nacionais)?

sábado, 18 de julho de 2015

A crise não acaba...


"O horror da política, tão caro aos liberais, é o pórtico para o fim da democracia" (Linhas Vermelhas, de José Manuel Pureza)

sexta-feira, 17 de julho de 2015

E se a União caísse graças a um malentendido linguístico?

Não, não estou a falar de Interpretação, a peça que eu escrevi e o Tiago Rodrigues interpretou e encenou na Culturgest, em 2014. Estou a falar disto: "...in German, debt, 'schuld,' also means moral fault or blame." (artigo de Jacob Soll, no New York Times)

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Menos Merkel e mais Europa!

Quando o que está em risco é nada menos do que a alma do continente, talvez possamos baixar o volume dos tecnocratas por um segundo para ouvir os filósofos, não? Por exemplo, Habermas: "Only the government leaders assembled in the European council are in the position to act, but precisely they are the ones who are unable to act in the interest of a joint European community (...)"

A Grécia em Portugal

A coligação PSD/PP, estamos fartos de saber que só sabe dizer "sim, Dr. Schäuble", "sim, Dr. Schäuble".
Mas, caro António Costa — perante uma Europa a cair assim —, isto também não será demasiado mole? 

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Tempos tremendos

"(...) Entre eles qual dos deuses provocou o conflito?
Apolo, filho de Leto e de Zeus. Enfurecera-se o deus
contra o rei e por isso espalhara entre o exército
uma doença terrível de que morriam as hostes,
porque o Atrida desconsiderara Crises, seu sacerdote.
Ora este tinha vindo até às naus velozes dos Aqueus
para resgatar a filha, trazendo incontáveis riquezas.
Segurando nas mãos as fitas de Apolo que acerta ao longe 
e um ceptro dourado, suplicou a todos os Aqueus,
mas em especial aos dois Atridas, condutores de homens:

'Ó Atridas e vós, demais Aqueus de belas cnémides!
Que vos concedam os deuses, que o Olimpo detêm,
saquear a cidade de Príamo e regressar bem a vossas casas!
Mas libertai a minha filha amada e recebei o resgate,
por respeito para com o filho de Zeus, Apolo que acerta ao longe.'

Então todos os outros Aqueus aprovaram estas palavras:
que se venerasse o sacerdote e se recebesse o glorioso resgate.
Mas tal não agradou ao coração do Atrida Agamémnon;
e asperamente o mandou embora, com palavras desabridas:

'Que eu te não encontre, ó ancião, junto às côncavas naus,
demorando-te agora ou voltando nos tempos mais próximos,
pois de nada te servirá o ceptro e a fita do deus!
Não libertarei a tua filha. Antes disso a terá atingido a velhice
em minha casa, em Argos, longe da sua pátria,
enquanto se afadiga ao tear e dorme na minha cama.
Vai-te agora. Não me encolerizes: partirás mais salvo.'

Assim falou. Amedrontou-se o ancião e obedeceu ao que fora dito.
Caminhou em silêncio ao longo da praia do mar marulhante.
E depois de se ter afastado para longe, rezou o ancião
ao soberano Apolo, que Leto de belos cabelos deu à luz:

'Ouve-me, senhor do arco de prata, deus tutelar de Crise
e da sacratíssima Cila, que pela força reges Ténedo,
ó Esminteu! Se alguma vez ao belo templo te pus um tecto,
ou queimei para ti as gordas coxas de touros
ou de cabras, faz que se cumpra isto que te peço:
que paguem com tuas setas os Dânaos as minhas lágrimas!'

Assim disse, orando; e ouviu-o Febo Apolo.
Desceu do Olimpo, com o coração agitado de ira.
Nos ombros trazia o arco e a aljava duplamente coberta;
aos ombros do deus irado as setas chocalhavam
à medida que avançava. E chegou como chega a noite.

Depois sentou-se à distância das naus e disparou uma seta:
terrível foi o som produzido pelo arco de prata.
Primeiro atingiu as mulas e os rápidos cães; 
mas depois disparou as setas contra os homens.
As piras dos mortos ardiam continuamente."



(excerto do Canto I da "Ilíada" de Homero, tradução de Frederico Lourenço, edição da Cotovia)
 

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Não é só a Grécia que está suspensa pelo referendo de domingo

É a Europa como um todo. 
Se houvesse um referendo equivalente cá, já pensaram como seria? 
Como europeísta — querendo uma Europa mais política, mais democrática, mais solidária —, eu votaria Não.