Ali a chegar à esquina do Teatro, pela ruazinha que estranhamente se chama “Largo da Trindade”, uma mulher leva uma cadeira de escritório. As rodas mínimas fazendo um barulho nervoso na calçada. De repente a cadeira afasta-se da mulher, rola em direção a uma boca de incêndio. Por um momento, parece que vai levantar uma das pernas e mijar. O natural seria isso, seria isso o certo para aquela cena, naquele cenário. Mas, antes que tal aconteça, a dona puxa-a, ou empurra-a, e lá vai ela. Jornal Local guarda a imagem dentro da chuva molha-parvos. Está sempre cansada a cadeira, porque só sabe descansar.
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