Não acho que o devam proibir de beijar o símbolo como o outro. Até porque as crises de fé se resolvem, por vezes, com grandes gestos teatrais e só se chega ao perdão dos pecados com amor, muito amor. Agora, continuar a dar-lhe a braçadeira de capitão é que já me parece um poucochinho demais, não? Mas, peço desculpa, nem era de Luisão que eu queria falar.
Ontem ganhámos aos turcos impronunciáveis com duas belas obras de arte, foi bom. Viva Nolito! Palmas, Gaitán. E, no entanto, ainda falta alguma coisa.
Conta-se que um dia o Abade de Priscos deu a provar ao Rei o seu famoso pudim. O Rei gostou muito e perguntou-lhe quais eram os ingredientes. O Abade respondeu que tinha ovos, toucinho, açúcar, etc, e palha. "Palha?" espantou-se o Rei. "Com todo o respeito, Sua Majestade", terá dito o Abade, "todo o burro come palha, o segredo é sabê-la dar."
Com o Benfica, passa-se algo do género (e não, não estou a chamar burro a ninguém). Temos grandes artistas, já se vê, temos os ingredientes todos, os ovos, o açúcar, o toucinho até, mas falta ainda o resto. O segredo que faz o génio. O toque da diferença. Do meu modesto lugar de teórico de bancada, creio ter achado uma solução realista: El Loco Abreu.
Vamos buscá-lo ao Botafogo, por favor. Com ele no plantel, no balneário, no banco, teríamos aquele não-sei-quê de carisma que ainda falta ao nosso Glorioso deste ano. Contra as malapatas de Coentrões e Luisões, a melhor loucura. Vá lá, por favor.
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