terça-feira, 26 de julho de 2011

Feito à mão

Não, eu adoro o campo. Muitas vezes imagino sombras de árvores feitas à mão pela alma de Lourdes Castro; caruma a preto e branco para pisar com plantas dos pés pintadas como as de Helena Almeida. E quantas vezes não desejo uma mata onde plantar aquelas bolas de aço e outros versos duros de Rui Chafes. O céu de um tamanho imensamente azul que só podemos ter longe da cidade e na pintura de António Palolo. E espaço, buracos na paisagem, clareiras-palcos, para cantar, dançar, dizer: para nos mascararmos de santos modernistas, olharapos futuristas ou de Albuquerque Mendes. Não, eu adoro o campo.



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