E ontem, na Universidade Católica, Joseph Weiler, deu uma boa saída “constitucional” para o pântano em que vivemos. A ideia é que a solução não passa necessariamente por uma nova alteração dos tratados. As próximas eleições europeias podem permitir esse salto urgentíssimo.
Para já, há um sinal positivo: o caso inédito de um candidato a Presidente da Comissão Europeia que avança por iniciativa própria e que consegue o apoio do seu partido europeu (Martin Schulz, do Partido Socialista Europeu). Falta agora aparecerem candidatos das outras famílias europeias. E que, cada um, expresse uma visão politicamente distinta da União que quer. E faltam, segundo Weiler, mais algumas condições: que o Conselho Europeu escolha o candidato vencedor destas eleições e que o Presidente eleito escolha uma Comissão em que a maioria seja da sua família política (de outro modo, uma vez que a Comissão é um órgão colegial, não poderá cumprir o programa político que anunciou na campanha).
O que resultará daí? Não sabemos, ninguém sabe. Porque, em democracia, não há refeições pré-cozinhadas. No tempo do 'orgulhosamente sós' é que não se queria política, preferia-se manter tudo bem escondidinho debaixo da manta. Vamos a isto, Europa?
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