Não é a questão da liderança do Bloco. Mas, na entrevista de hoje, no Público, José Manuel Pureza fala da necessidade de uma "resposta social, política, frontal", e de uma maior ligação aos movimentos sociais. A esquerda, toda a esquerda, tem de ouvir isto.
Para quem quer transformar o mundo para melhor, não pode bastar o jogo das eleições. Essa tem de ser uma luta quotidiana, de proximidade, nos lugares onde trabalhamos, onde nos juntamos, onde vivemos — imaginando formas de não ficar preso a reivindicações setoriais, mas ir pensando sempre o todo da sociedade. O que temos? O que queremos? Para onde devemos caminhar?
E é preciso abrir a janela da política e olhar para lá da manchete do dia seguinte. Sonhar um país mais justo, mais aberto, mais vivo — sonhar, sim, falta sonho na política. Sonhar, e depois fazer por isso.
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