quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Pescar à vista

Conheço o Filipe Condado aí há uns dois mil anos. É um amigo que sabe que estar presente dos modos mais simples e discretos. Até que, de repente, sobe a uma árvore altíssima, ventosa, só para sacar uma fotografia especial ou para fazer uma qualquer piada acrobática. Conheço-o há muito tempo, e ainda assim não foi sem surpresa que descobri estas suas novas imagens. A Sala do Veado, na Rua da Escola Politécnica, está cheia de fotografias mansas. Mansas mas vivas, mansas e vivas. Não é um trabalho de acrobata mas de pescador. Alguém que se equipa de paciência e vai para a realidade pescar expressionismo abstrato no que está à vista. Paredes, jornais, sombras, lanços de escada contra paredes riscadas, tanto mistério.

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