Na saída da estação de metro da Baixa-Chiado, à boca de cena, o homem com a mão estendida, calado, a pedir dinheiro. Na sombra, de óculos escuros. A mulher avança com a vareta a bater no chão. Vem lá de baixo, lá do fundo, na direção dele. Meu Deus, vão chocar. Como aquele tímido antes de atender o telefone numa canção de Chico Buarque, o homem vira a cara, penteia-se. E não chocam, ou sim, chocam num beijo. Bom dia.
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