Uma corrente de ar, um estrondo. A Poesia Completa de João Cabral de Melo Neto tinha voado da estante, para junto da planta do canto. Ali ficou, vivíssima, abrindo e fechando páginas, conversando com a monstera, brincando com os dois sentidos de "folha". Eu fui apanhar o livro, mas não consegui evitar que dois versos se entornassem. Diziam assim: "No fim de um mundo melancólico/ os homens lêem jornais."
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