sábado, 19 de dezembro de 2020

Raúl espalha-se ao comprido na neve!

É o sétimo episódio de um podcast sobre teatro? É uma oblíqua peça radiofónica? É uma estranha conversa sobre a estranheza que é imaginar nestes tempos inimagináveis? Raúl vai ao teatro.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Europa: uma pergunta em cena

Dia 21, o grupo Wiener Wortstaetten fará uma leitura encenada de "The end of tolerance", uma peça feita de várias peças curtas de dramaturgos europeus. Eu participo com um texto (traduzido por Ilse Dick). A versão lida será em alemão e poderá ser vista aqui:




domingo, 6 de dezembro de 2020

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Escrever, falar — na rádio!

Hoje, às 19h, na Antena 2, os Artistas Unidos fazem a minha peça Escrever, falar

Com António Simão e Pedro Carraca. Direção de João Meireles.

domingo, 1 de novembro de 2020

Continuar a acreditar no futebol

A minha crónica de hoje n'O Jogo fala das eleições no Benfica, espreitando o passado recente e o futuro próximo.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Teatro no jornal!

Hoje, no Ípsilon, saiu um monólogo breve que escrevi para a Rita Durão. Chama-se A atriz na sala de estar. Foi feito no âmbito de uma projeto que a Madalena Alfaia pensou e dirigiu durante o confinamento, Aproveitando uma aberta.

Um miúdo com cem anos

 Escrevo sobre Fellini e o mais belo dos filmes — aqui.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Ionesco em Castelo Branco

Delírio a Dois, de Eugène Ionesco, com encenação de Ivo Alexandre, sobe hoje ao palco do Cine-Teatro Avenida, em Castelo Branco. É uma produção da Ninguém.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Amigo e irmão

 

"Sempre considerei Toulouse-Lautrec como um amigo e irmão, porque soube prever as atitudes e imagens do cinema antes de os irmãos Lumière terem inventado o cinematógrafo." (Federico Fellini)

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Terra Nullius

Esta "terra de ninguém" é para todos e cada um. O teatro de estar presente: uma peça que nos acontece a andar. Paula Diogo abre-nos um mundo na cabeça, enquanto Lisboa se vai revelando uma espécie de cinema da alma. É urgente aprendermos a estar assim, sem pressa. É essencial isto.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Ser europeu

 "Talvez só consigam ser europeus aqueles que servem."

 

(A Proposta de Casamento, Robert Walser)

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Para chegar ao lançamento

 Há estes dois caminhos: 

-Facebook: https://www.facebook.com/PortoEditora/posts/3388414141196071
-Youtube: https://youtu.be/EEwe1Kkyxcw 

(Evento no Facebook: https://fb.me/e/2QiXbQLl4)

É hoje, às 21h. 

Apareçam — que prosa também quer dizer conversa.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Lançamento

 

Vou conversar sobre o livro com a escritora Patrícia Portela, sob a batuta da editora Sofia Fraga. Será aqui.

domingo, 26 de julho de 2020

domingo, 12 de julho de 2020

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Apoio às artes (rir para não chorar)


“I’m sorry. Now that everyone’s home reading, watching movies, educating themselves, and reflecting on the meaning of life, there’s just no money for the arts.”



(de Amy Kurzweil, na New Yorker)

terça-feira, 7 de julho de 2020

A entrada triunfal de Mário Barbas na internet

Será amanhã, às 21.30h, por aqui.

Este tipo é cá uma peça.

Aqui somos todos Lázaros, um texto meu, encenado e interpretado por Marcos Barbosa.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Para resumir

"O Senhor Baum, proprietário, síndico, coronel honorário do corpo de bombeiros voluntários e muito mais ainda, mas para resumir: o senhor Baum deve ter escutado uma das minhas conversas com Ewald."


(Histórias do Bom Deus, de Rainer Maria Rilke, trad. Pedro Süssekind)

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Calado

"O sopesar de cada palavra, a avaliação do seu efeito, mais depressa os esquece aquele que discursa do que aquele que permanece calado."


(A Rosa, Robert Walser)

domingo, 28 de junho de 2020

Outro erro crasso

É a minha crónica n'O Jogo. Falo do jogo de vendas da direção de Luís Filipe Vieira e de mais um erro crasso do presidente do Benfica.

sábado, 27 de junho de 2020

Canto da Europa em Aveiro

Hoje o Canto da Europa está no Teatro Aveirense. Em "versão acústica", digamos assim, com as belas vozes de Anabela Faustino, Paula Diogo e Ivo Alexandre.


terça-feira, 23 de junho de 2020

Recorto esta frase do Público de hoje

Lokas Cruz: “O racismo que impede as pessoas de respirarem na América é o mesmo que faz com que se afoguem no Mediterrâneo.”

domingo, 21 de junho de 2020

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Pessoa amiga

"Uma pessoa que seja amiga de si própria não gostaria de se sentir satisfeita com a sua existência sem o merecer."


(A Rosa, Robert Walser, trad. Leopoldina Almeida)

terça-feira, 16 de junho de 2020

quinta-feira, 11 de junho de 2020

terça-feira, 9 de junho de 2020

Proverbial

A montanha é a sombra da nuvem ou a nuvem é o sonho da montanha? O céu é o rosto do lago ou o lago é o pranto do rosto virado para o céu? O homem anda na terra, o homem nada na água, ou o homem é terra e nada?

domingo, 7 de junho de 2020

Salvar o futebol deste frio

Na crónica que sai hoje n'O Jogo, repudio o apedrejamento ao autocarro do Benfica: "Aquilo foi um ataque a todos os que gostam de futebol." E depois tento falar um bocado de bola...

sábado, 6 de junho de 2020

Vírgula de exclamação

Descobri hoje que Vírgula é o nome de uma borboleta diurna de asas recortadas. Quando uma entrada de dicionário parece um poema do O'Neill.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Normal

" 'Bem', disse o inspetor, que se encontrava já junto à porta, 'o senhor entendeu-me mal, o senhor está preso, é certo, mas isso não o deve impedir de trabalhar. Não deve também ser impedido de levar a sua vida normal.' "


(O Processo, de Franz Kafka, trad. Álvaro Gonçalves)



domingo, 31 de maio de 2020

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Sobre uma fotografia de Sean Gallup

Que silêncio mais matemático, que escândalo mais azul, que sol tão frio. O princípio de uma história. Aquele instante suspenso, aquele quase antes do quê. Por outro lado, uma solenidade assim puxa a expectativa até um ponto perfeitamente inatingível, não é? Não, é como dizia o outro: uma piada infinita. O ponto de vista de Deus e o ponto de interrogação da Morte vão os dois passear. A dada altura, pergunta o segundo ao primeiro, "Nada?" 

terça-feira, 26 de maio de 2020

Sexta-feira exata

Exatamente Antunes vai ressuscitar aqui, sexta-feira, dia 29, às 22h. É um espetáculo encenado por Cristina Carvalhal e Nuno Carinhas, com texto meu a partir de Nome de Guerra de Almada Negreiros. Os atores viajam no tempo como se não fosse nada! Que bela oportunidade para nos vermos "dentro da realidade, com a porta fechada e sem chapéu".

domingo, 24 de maio de 2020

O campeonato do "mas"

O meu texto n'O Jogo fala de futebol servido frio, de regressos e empurrões, e de uma grande mudança que tarda...

sábado, 23 de maio de 2020

Talvez a melhor introdução à poesia japonesa

...Seja assistir ao modo como, no final do dia, a luz do sol bate nas folhas de fogo do acer japonica ao mesmo tempo que as atravessa.

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Deste Canto da Europa para Michel Piccoli

"O edifício do Parlamento Europeu é um arranha-céus neutro na zona de negócios da cidade chamada Europa
no andar 47 a rapariga irlandesa chamada Deirdre leva a flor na mão 
no corredor institucional a flor assim sem mais é quase perigosa
Deirdre sabe o caminho mas avança devagar prolongando o quase-prazer de levar ali uma flor sem nome e sem embrulho
vai visitar a mãe, que é alta-funcionária das Instituições e faz hoje 52 anos, mas vai também contar-lhe que: 
Sei muito bem que já vou no terceiro curso, que nunca acabo nada, que sou uma desilusão para todos, mas hoje tive a certeza, desta vez é que é mesmo verdade, Mãe, não é jornalista que eu quero ser, como antes não era gestora, nem chefe de cozinha, hoje ao sair do café ao lado da faculdade vi (pianíssimo)
o Mi-chel Pi-cco-li
e — a maneira de ele andar, com uma, não sei, uma graça, uma solenidade desmanchada, como um dândi-gangster dos anos cinquenta que modestamente descesse à contemporaneidade kitsch das nossas ruas tristes, a maneira de ele olhar de relance e retirar o olhar sem fazer disso um problema e baloiçar os braços um nadinha demais com qualquer coisa de brincalhão ou talvez, não sei, talvez… — pronto, ao vê-lo, percebi, Mãe, agora é que tenho mesmo a certeza, Mãe querida:
Quero ser atriz"

(Canto da Europa)

domingo, 17 de maio de 2020

sexta-feira, 15 de maio de 2020

História, hipóteses

"Mas uma história nunca principia. Ela permanece incubada ou precipita-se, e na realidade vive mais nas suas hipóteses do que na sua evolução concreta."

(As pessoas felizes, Agustina Bessa-Luís)

sexta-feira, 8 de maio de 2020

O Zoo ganha ao Zoom

1-borboleta branca
2-besouro
3-cobra d’água
4-caracol
5-lesma
6-pássaros recém-nascidos no ninho
7-pássaro-mãe (pisco de peito ruivo? outro?)

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Why

"How do you spell hyacinth?
With a 'y', Sir.
Of course. But where is the 'y'? You're in too much of a hurry. Let the question sink in. Take the measure of it."


(Here is where we meet, John Berger)



terça-feira, 5 de maio de 2020

"Língua inexplicavelmente"



Poema em que a língua diga mais;
em que a língua foi adiante da língua;
em que a língua diga ainda que a língua
irá antes da língua e chegará primeiro
a um céu sem nuvem sem anjo sem pássaro
sem signos do zodíaco porque não há estrelas
na abóbada do papel em branco entre dentes
como pedras desenhando um país deserto
em que a língua já não diga a língua
e seja só a perspectiva de outra língua
que a anule numa espécie de fruto sem árvore
ou semente; língua inexplicavelmente
que para facilitar chamemos beijo.


(Eucanaã Ferraz)




domingo, 3 de maio de 2020

Craques a chutar mobília

N'O Jogo, mais um texto Descalço na Catedral. Falo do presente, do futuro, do Benfica e da série-documentário sobre Michael Jordan.

quinta-feira, 30 de abril de 2020

Jornal Local: som bom

Do seu posto de confinamento, Jornal Local avança com uma notícia de última hora. A melodia leve e ingénua, quase pastoril, do amolador acaba de rasgar o silêncio de Lisboa. Trata-se de um indício arqueológico, raríssimo, do "antigo normal" que aqui fica assinalado para memória futura.

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Belo engano

A New Yorker enganou-se e, no espaço da ficção, pôs um poema de Ben Lerner. Chama-se "The Media". Já leram?

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Criar raízes

"No momento em que criamos raízes num lugar, o lugar desaparece." 


(Heretics, G.K. Chesterton)

domingo, 26 de abril de 2020

sábado, 25 de abril de 2020

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Verdadeiramente imaginativo

"It will be found, in fact, that the ingenious are always fanciful, and the truly imaginative never otherwise than analytic." 



(The murders in the Rue Morgue, Edgar Allan Poe)

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Livros: aqui é onde nos encontramos

"In the centre of a square in Lisboa there is a tree called a Lusitanian (which is to say, Portuguese) cypress. Its branches, instead of pointing up to the sky, have been trained to grow outwards, horizontally, so that they form a gigantic, impenetrable, very low umbrella with a diameter of twenty meters. One hundred people could easily shelter under it. (...)"

("Lisboa", de John Berger — do livro "Here is where we meet")


quinta-feira, 16 de abril de 2020

Rubem é rei

"Numa sala, um sofá, um homem deitado no sofá sem paletó, com a gravata afrouxada. Ao lado, uma mulher de preto, sentada numa cadeira.

PSICANALISTA: O senhor não gosta de roupa esporte; é essa a razão?
CLIENTE: É muito chato vir de roupa esporte para a cidade, num dia útil. Parece que não trabalho, que sou um aposentado, um vadio, uma coisa dessas.
PSICANALISTA: Mas por que se incomodar com isso? O senhor está de licença para tratamento de saúde, recebendo regularmente pelo Instituto. Esse é o seu trabalho: tratar de sua saúde.
CLIENTE: Mas e os outros que me veem na rua, flanando de roupa esporte! Que digo para eles? Ou não digo nada e carrego, como os cegos, uma tabuleta, ou bordo nas costas da camisa a frase: em tratamento de saúde. Gostaria que a senhora me dissesse qual a maneira de identificar o louco de bom comportamento. (..)"

(Rubem Fonseca — do conto "Os prisioneiros")


quarta-feira, 15 de abril de 2020

Pensar o mundo em tempo real

Na Renascença, às segundas e quartas, tento atirar umas ideias para a mesa da conversa geral. Hoje falou-se do pós-confinamento e da carta de Rui Rio aos militantes do PSD.

terça-feira, 14 de abril de 2020

domingo, 12 de abril de 2020

sábado, 11 de abril de 2020

Santos jucundos

"Amigos, só acredito na bondade que ri. A virtude de cara amarrada é neurótica. Só concebo santos jucundos. Uma Joana D'Arc ou um São Francisco de Assis haviam de ser risonhos como um frade de Walter Scott." (Nelson Rodrigues, numa das crónicas de O remador de Ben-Hur)

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Sobre uma fotografia de André Kertész

A cada alma, a sua revelação. Sophia de Mello Breyner Andresen tirou a mesma exata fotografia e o que saiu foi: "O silêncio esculpia os volumes, recortava as linhas, aprofundava os espaços. Tudo era plástico e vibrante, denso da própria realidade." (O Silêncio, de Histórias da Terra e do Mar)

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Bandeira

"Na torre de Joseph adejava uma bandeira grande e bonita. Seguindo a direção do vento, ora se lançava com o corpo leve num movimento arrojado e orgulhoso, ora se encolhia recatada e lassa, ora se franzia e encostava coquete ao mastro, parecendo comprazer-se com os seus movimentos graciosos. E depois voltava a erguer-se alta e larga e grande de uma só vez, como uma conquistadora e protetora inabalável, para aos poucos cair sobre si própria num gesto terno e carinhoso. O azul esplêndido do céu."


("O Ajudante", de Robert Walser, trad. Isabel Castro Silva)

domingo, 5 de abril de 2020

"Ain't no sunshine"

É o título da minha crónica n'O Jogo. Fala de Bill Withers, claro, dos prazos da UEFA e da minha meia-maratona no pátio.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Recorto as palavras do primeiro-ministro italiano

"Estamos a escrever História, não um manual de Economia", disse ontem o primeiro-ministro de Itália, Giuseppe Conte, a um canal alemão.
Devíamos fazer cartazes, bandeiras, t-shirts com esta frase. Quando a pandemia se for, devíamos tomar as ruas com ela e mostrar aos nossos representantes políticos que a Europa tem de ser mais do que é se quer ser alguma coisa. Esta é uma frase de todos: a síntese perfeita da revolução europeia que nos falta fazer.

terça-feira, 31 de março de 2020

Para quem quiser cantar o "Aleluia" de Leonard Cohen em português:

Acorde de bradar aos céus
David tocava pra Deus
Mas tu não queres saber dessas coisas

Sem dó de mim, seguir prò sol
É lá que posso ser igual
A um rei compondo assim um aleluia

Aleluia, aleluia
Aleluia, aleluia

É forte a fé, faltava a prova
Viste-a nua, supernova
A beleza dela maior do que a lua 

Atou-te à televisão
Deitou-te a coroa ao chão
E dos lábios roubou-te um aleluia

Aleluia, aleluia
Aleluia, aleluia

Talvez já tenha estado aqui
Pisei este chão, o céu já vi
A minha solidão agora é tua

Tua bandeira é sem fim
O amor não é hino nenhum
É um pobre, feio, frio aleluia

Aleluia, aleluia
Aleluia, aleluia

Não sei se há um Deus no céu
Mas isto é o que o amor me deu
Tocar-te com uma palavra crua

Não é o grito noite dentro
De um mártir ou um santo
É um pobre, feio, frio aleluia

Aleluia, aleluia
Aleluia, aleluia

Dirás que em vão eu uso o nome
Mas se eu nem sei qual é o nome
E, se soubesse, qual é que era a tua?

Toda a palavra é um segredo
Não importa qual tens ouvido
O sagrado ou o outro aleluia 

Aleluia, aleluia
Aleluia, aleluia

Dei o melhor, que é bem pouco
Tímido, fiz-me de louco
E grito a verdade em plena rua

A vida ora é sim ou não
Mas, aos pés do Deus da Canção,
Não tenho mais pra dar que um aleluia 

Aleluia, aleluia
Aleluia, aleluia



("Aleluia", de Leonard Cohen — esta é a minha versão portuguesa)

domingo, 29 de março de 2020

O presente é o lugar onde moramos

É o título da minha crónica n'O Jogo. Fala de Eusébio, Michael Jordan, Maradona, McEnroe, de um futuro de maior justiça no futebol e de brincar ao desporto em casa.

sábado, 28 de março de 2020

Um poema de William Carlos Williams


PAISAGEM COM QUEDA DE ÍCARO


De acordo com Brueghel
quando Ícaro caiu 
era primavera 

um lavrador arava
os seus campos
todo o esplendor

do ano 
formigava ali
à

beira do mar
consigo mesmo
preocupado

suando ao sol
que derretia
a cera das asas

perto 
da costa
houve

uma pancada quase imperceptível 
era Ícaro
que se afogava




(trad. José Agostinho Baptista)

sexta-feira, 27 de março de 2020

Dia mundial de ficar em casa


"VLADIMIR: Quem é que lhe disse?
POZZO: Ele já fala comigo! Se isto continua assim daqui a nada somos velhos amigos."


("À espera de Godot", de Samuel Beckett, trad. José Maria Vieira Mendes)

quinta-feira, 26 de março de 2020

Raúl (não) vai ao teatro

O podcast sobre teatro que o Marcos Barbosa e eu andamos a fazer volta hoje, às 21.30h — na Brotéria e nos podcasts da Apple e do Spotify.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Raúl vai ao teatro

Raúl vai ao teatro é um novo podcast sobre teatro, na Brotéria. O Marcos Barbosa e eu falamos com um convidado sobre um espetáculo em cena. Já há um número zero, vem aí o número um.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Canto da Europa, dia 10

Canto da Europa: é o lugar onde onde estamos ou é a voz que construímos para quebrar o muro? 
Estreia dia 10, no TNDMII. 
Apareçam, cidadãos!