quinta-feira, 3 de abril de 2014

Amanhã


Joaquim é intérprete nas instituições europeias. Sentado atrás de um vidro, traduz os discursos dos outros. Um dia comete um erro — um errozinho, um pequeno falhanço, coisa mínima — que se transforma num gigantesco malentendido. O quê, a crise da União Europeia é culpa dele, afinal? Será possível? Como é que é, de repente a crise de identidade que o nosso Joaquim atravessa é a crise da Europa? 
Um monólogo com oitenta e tal pessoas em palco, teatro da palavra cheio das melhores estatísticas, uma tragédia que é também uma comédia (nunca dá para explicar a coisa toda, assim a seco, nestes textos de apresentação). Eu-tu-ele, Eu-ro-pa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário