"Exagera na sensatez e a tua pirâmide não será mais que um monte", diz o famoso provérbio Azteca. Talvez Jorge Jesus devesse levantar os olhos dos calhamaços pascalianos onde anda a queimar as pestanas para pensar um bocado nisto. Claro que os grandes males vêm de trás, mas não tenho dúvidas: se ontem temos arriscado a glória como é próprio do Glorioso, os deuses do futebol teriam sido mais simpáticos connosco. Não é superstição, é só uma fezada mesmo. Em vez disso, o que é que fizemos? Quais pirâmides quais quê, presenteámos os parisienses com um jogo de salamaleques, tudo só ais e uis, faça favor, não vossemecê primeiro. Coisa mais mole. Assim, claro, mesmo quando ganhamos, perdemos.
Digo “excesso de sensatez” porque, enfim, aprecio a arte do eufemismo. Mas, têm razão, ele há um tempo para eufemismos e um tempo para dizer as coisas mesmo. Falemos grosso então, que esta não é época para florzinhas. A verdade é que o grande princípio de jogo deste mister que nos calhou na rifa tem um nome nada pascaliano. Começa com "cag" e acaba com "ufa". E isso, pois, não comove nenhum deus lá nos olimpos.
Mas o grande mal vem muito de trás, sim. Toda a ideia filipevieirística de olhar para o Benfica como uma montra de jogadores… Pode correr bem um ano, com sorte, mas não é maldade que se faça ao maior clube do mundo e arredores. Pondo a coisa na língua do paleio dominante, o que o futebol do Glorioso precisa é menos especulação e mais economia real. Menos medinho e mais ambição. Uma qualquer ideia de jogo, no mínimo! A ver se, perdidas as europas, ganhamos ao menos aos aroucas.
Mas o grande mal vem muito de trás, sim. Toda a ideia filipevieirística de olhar para o Benfica como uma montra de jogadores… Pode correr bem um ano, com sorte, mas não é maldade que se faça ao maior clube do mundo e arredores. Pondo a coisa na língua do paleio dominante, o que o futebol do Glorioso precisa é menos especulação e mais economia real. Menos medinho e mais ambição. Uma qualquer ideia de jogo, no mínimo! A ver se, perdidas as europas, ganhamos ao menos aos aroucas.
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