quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Sobre uma fotografia de Clay Benskin

O que é que queres dizer com essa luz? Para quê tanto estrilho? Para ser sincero, não estou a gostar disto. Tenho um mau, digamos, pressentimento. Ou talvez seja só fomeca. Não, não, tenho um sentimento de fome e um pressentimento de qualquer coisa mais espírita. O que é que se esconde nessas sombras? Para quê tanta bazófia, caramba? Mas, espera aí, não digas nada, deixa-me falar comigo: e se, debaixo da conversa fiada, está a grande palavra zero? Ei, tu. Os meus olhos falam, estás a ouvir? Como é que te chamas, como é que és conhecido nesta cidade, quem és, caramba, e por que não te mostras? Mas devagar, com toda a calma do mundo. Sem stress, sem s.o.s. Tenho um verso-gangster no bolso e posso tirá-lo a qualquer momento, estás a ouvir? Quem és, filho de uma grandessíssima, e o que queres de mim?

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