Enquanto o comboio se afasta

O título do meu último texto no Ponto SJ, sobre poesia e música, dá bem para uma despedida ao ano velho. Boas entradas! 

Teatro musical do bom

Agora já dá para ir à Broadway aprender com o Bruce.

Roy Orbison deve gostar disto

Os Pontos Negros voltaram!

Diz que é dia 15, no MusicBox.

Obra Aberta, em Belém e na rádio

É hoje, às 18.30h.

Urgente e nobre apetite

"Que uma explicação inteligente e generosa da técnica viesse em auxílio dos homens, e não fosse isso à custa da violentação do mais urgente e nobre apetite: a alegria de estar no mundo."  


(Em minúsculas, Herberto Helder)

Lugar novo

Interessado num curso de Kafka 0.2?

Temos a solução indicada para si. Tente mudar a morada na Emel.

Auto-golo?

Esperemos que não se confirme isto na parte que tem a ver com o ex-treinador do Sporting de Bruno de Carvalho...

Sobre uma fotografia de Clay Benskin

O que é que queres dizer com essa luz? Para quê tanto estrilho? Para ser sincero, não estou a gostar disto. Tenho um mau, digamos, pressentimento. Ou talvez seja só fomeca. Não, não, tenho um sentimento de fome e um pressentimento de qualquer coisa mais espírita. O que é que se esconde nessas sombras? Para quê tanta bazófia, caramba? Mas, espera aí, não digas nada, deixa-me falar comigo: e se, debaixo da conversa fiada, está a grande palavra zero? Ei, tu. Os meus olhos falam, estás a ouvir? Como é que te chamas, como é que és conhecido nesta cidade, quem és, caramba, e por que não te mostras? Mas devagar, com toda a calma do mundo. Sem stress, sem s.o.s. Tenho um verso-gangster no bolso e posso tirá-lo a qualquer momento, estás a ouvir? Quem és, filho de uma grandessíssima, e o que queres de mim?

Para dar a minha opinião sobre as touradas, teria de escrever, palavra por palavra, o texto "Aquele que dá a vida", de Herberto Helder

Os mágicos não morrem, pois não?

Palmas para Ricky Jay.

Hoje o Ricardo parte a loiça na ZDB

O diálogo e o espaço

"Não é o diálogo que devia ser cortado e encaixado nos espaços, o espaço é que devia ser cortado em blocos e sequências de diálogo." 


(Jean-Luc Godard sobre 'Nouvelle Vague' — em 'Everything is cinema', de Richard Brody)

Livro do dia

Reportagem 26

"Se soubéssemos como nos arriscamos a que as nossas histórias nos venham assombrar, escrevê-las-íamos de forma diferente? Não me parece." (John Berger)

A Europa não pode ser isto

O Brexit é um aviso para o Benfica

É o que digo hoje n'O Jogo.

A incrível verdade na era da pós-verdade

Hoje escrevo sobre cinema e estes tempos que nos calharam na rifa — no Ponto SJ.

Pensar a Europa em tempo real

É preciso mais democracia na UE. A União ou será mais democrática ou não será. 

O DiEM 25 entrar nas eleições ao Parlamento Europeu, em Itália — um dos pontos mais sérios da crise europeia do momento —, parece-me um bom começo. 

Contra os pesadelos de Salvini, Órban e companhia, falta dar nova vida ao sonho europeu. Vamos a isto?

 

Desinventar a tristeza

Um poema do robô de Quioto

The sun is shining
The wind moves
Naked trees  
You dance

(descoberto aqui)

Reportagem 25

"As obras belas são filhas da sua forma, nascida muito antes destas." (Paul Valéry)

Escuta, vem aí o futuro

É a nossa música. JLG no NYT.

Os samurais da alma em Coimbra

A minha crónica de ontem n'O Jogo vai de Coimbra a Amesterdão, do Sertanense ao Ajax.

Cinco galos

"Por favor! Se alguém encontrar na rua um homem com cinco galos na cabeça, lembre-lhe que se chama Kuznetsov e que precisa de comprar cola de marceneiro e consertar o banco estragado."

(A Velha e Outras Histórias, Danil Harms)

Aula de literatura

Diz o meu filho do meio: "Se repetirmos qualquer palavra, ela fica estranha."

Aula de jornalismo

Diz o meu filho mais velho, a folhear um jornal de 2005: "Era tudo igual..."

O poeta veio para nos salvar

Ouvir aqui.

Smilences

(Palavra que julguei ter ouvido na rádio, numa canção em estrangeiro.)

Um poema de Augusto de Campos

Documento histórico

Estou com os artistas plásticos nesta luta.

Ontem, hoje

A minha crónica n'O Jogo de ontem chamava-se "O jogo mais igual" e era sobre clássicos em geral. A minha crónica n'O Jogo de hoje chama-se "Ganhar é mesmo lindo" e é sobre o clássico em concreto.

Ontem, amanhã

Alto refrão

Saudades de um filme de Hal Hartley

Helena Almeida — aquele gesto de azul

Disse o meu filho mais novo, há dias, na exposição "Do Tirar polo Natural" no Museu de Arte Antiga, ao ver esta obra de Helena Almeida: "Pai, o céu da boca!"

Reconhecimento

"Acho que é a forma de sabermos quando o nosso trabalho é bom, quando o reconhecemos."


(Karen, Ana Teresa Pereira)

Dia 4

Presença de espírito

No Ponto SJ, penso em voz alta sobre o teatro de Vicente Sanches.

Como são tristes as imagens

É a minha crónica de hoje, n'O Jogo.

A mais bela das canções

O bom senso a dançar

Sabedoria de Clive James, recortada do NYT de hoje: “Common sense and a sense of humor are the same thing, moving at different speeds. A sense of humor is just common sense, dancing. Those who lack humor are without judgment and should be trusted with nothing.”

Um poema de Leonard Cohen

"Drank a lot"

Uma fotografia de Vladimir Lammer

(tirada daqui)

De volta

Al Green está de volta, e é como se a música renascesse.

 

Primeiro desenho

(Vem no NYT e no Guardian)

A Gargalhada em Ovar

Sexta-feira, estarei no Festival Literário de Ovar — porque prosa também quer dizer conversa.

Vamos ler teatro?

Livro do dia

Jornalismo!

Fria modernidade ou charme retro

A minha crónica está de olho na final do Mundial. (N'O Jogo de hoje.)

Facebookracia?

A propósito do debate sobre o estado da nação, a Renascença pediu aos seus comentadores que olhassem para o presente e para o futuro. O que me saiu foi a palavra feia do título: "facebookracia"?

É preciso formar uma resistência europeísta

Senão veja-se:

O que se passa na Áustria. (Spiegel)

O que se passa em Itália. (Guardian)

O panorama geral traçado por Timothy Garton Ash. (Guardian)

Breves notas para uma teoria geral da tática

É o título da minha crónica n'O Jogo — que começa com uma citação de Gil Scott-Heron.

Texto feito pelo seu cérebro

No Ponto SJ, escrevo sobre o Phineas e Ferb.

Pedro Sá espalhou maravilha em Marvila

Foi ontem, solo, no Musa. Vem aí o futuro!

Polónia: outra das frentes na luta por uma Europa justa e democrática

                                                                                (Maciek Nabrdalik/NYT)

É escandaloso o que se passa na Polónia (NYT). A Europa, como um todo, tem de responder a esta purga de juízes por parte do poder político. A UE não poder vir dizer apenas que está "muito preocupada" — tem de tomar ações concretas, claras e rápidas. Hoje temos de estar todos com os manifestantes e com Malgorzata Gersdorf, pela independência dos tribunais, pela defesa do primado da lei e por uma democracia digna desse nome.

A Europa acaba de levar um golo nos minutos psicológicos

Foi assim (NYT). Para a segunda parte, temos de entrar com outro ânimo e outra visão. Com esta grande cedência "pragmática", o Governo alemão rendeu-se, implicitamente, ao discurso xenófobo, racista e, já agora, totalmente deslocado da realidade, da extrema-direita. A Europa que sonhamos não é esta. Temos de sonhar mais forte. Dar a volta ao jogo. 

Desassossego!

Daqui a pouco, estarei com Maaza Mengiste a ler e a pensar em voz alta — para bem da nossa cidade, o Disquiet está de volta.

Hoje vou ler um conto em estrangeiro

Aqui, no Congresso da Short Story in English.

Livro do dia

A Gargalhada no Porto!

Música clássica

"Los 56 segundos más lindos del día". (no Twitter)

"Lista das 34.361 mortes registadas de refugiados e migrantes devidas às políticas restritivas da 'Europa Fortaleza' "

A artista Banu Cennetoglu passou os últimos dezasseis anos a dar visibilidade à lista da nossa vergonha. Pode baixar-se um pdf da lista aqui (Guardian).

A Europa será aberta ou não será

(Alberto Saiz/AP)

Depois da vergonha que foi a Itália recusar receber o Aquarius, navio com mais de seiscentos migrantes, agora Salvini, ministro do Interior, vem propor um "censo" da comunidade cigana no país. Só falta exigir que usem um sinal do tipo estrela amarela... O líder de um partido que queria a separação do norte italiano do resto do país quer agora que Itália se separe da Europa e do Mundo. 

     E o pior é que não está sozinho. Já se fala de um eixo Itália-Hungria-Polónia-Áustria-ministério do Interior da Alemanha. É um daqueles momentos em que não se pode ficar calado. A Europa será aberta, solidária, justa ou não será. No Expresso, Vítor Matos aconselha, a propósito, O Mundo de Ontem de Stefan Zweig. Eu acrescentaria toda obra de Joseph Roth, começando talvez por aqui:

Moralismo

"Restava-lhe o moralismo, que é a inclinação aristocrática da plebe." 


(As pessoas felizes, Agustina Bessa-Luís)

Vamos lançar uma Gargalhada?

Numa livraria perto de si

Ler e tudo na Casa da Achada

A propósito de bandeiras

(Exato, a propósito de bandeiras:)

acabado de chegar da praia, o Tomás Cunha Ferreira abre o nome da cidade:

(Aqui.)

(E aqui.)

Uma fotografia de Jack Guez

Reportagem 24

"Fechai os horizontes da imaginação, e assistiremos ao caducar da moral." (Agustina Bessa-Luís)

Contra a distração má, uma distração boa

Já está no ar o meu novo texto para o Ponto SJ. É uma coisa meio distraída que fala de Lourdes Castro e telemóveis.

Hoje há teatro em Torres Vedras

A Portuguese gardener in Massachusetts!

Gardener in a Swimsuit, um conto meu, traduzido por Dean Thomas Ellis, saiu no último número da Massachusetts Review.

Estreia hoje, em Castelo Branco

Amanhã, na Amadora, às 18.30h

Abril em Abril

Sempre

Um europeu na América

É um Tocqueville pop? Um Yo La Tengo de fato? Um jurista no faroeste? 

Não: é o Martinho Pela Estrada! 

A imagem do funcionário público nunca mais será a mesma

Grande Yuki Kawauchi! (ver no Guardian.)

Alto som

Atenção, atenção, que vem aí um novo Tiago Cavaco

Vestir a camisola do sonho europeu

É como se chama o meu texto sobre Joseph Roth e a Europa (no Ponto SJ).

"Hwyl"

Aprender com Joy Williams. (na Paris Review)

Marty toca todos os azuis da escala

Marty Toca os Blues: o disco já está no mundo!

Este texto do João Pedro Vala é uma bela porta de entrada para o universo Marty.

Uma viagem, uma paisagem, uma homenagem, uma personagem, e, de repente, quase como um susto — a nossa vida. Como é que entrámos nesta canção?

O exemplo de Sir Roger Bannister

(Ver no NYT.)

Jonas é que é o verdadeiro clássico

A crónica de hoje é uma espécie de homenagem aos cotas (n'O Jogo).

Agora

Estreia hoje, em Arcos de Valdevez. Na Casa das Artes, às 22h. 

Agora: uma comédia sobre o instante de uma tragédia. Houve um ataque terrorista no teatro, e dois espetadores, um homem e uma mulher, acabam lado a lado, a fazer de mortos, transidos de medo. Já terá passado o pior? Poderão falar? Nunca se sentiram tão assustados, tão esvaziados, tão vivos, tão próximos de alguém. O que é que isso fará deles? E o que é que eles farão disso?

 

Na sequência dos ataques terroristas em Paris — nomeadamente, o ataque ao Bataclan, uma sala de espetáculos —, o teatro, ou a interpretação ao vivo, aparece aos nossos olhos mais como é: um perigo.
    Em cima do momento, a quente, escrevi uma peça, Grande cena (Teatro Oficina, encenação de Marcos Barbosa), sobre quatro atores, que, no conforto de uma sala, atravessam este nosso tempo de excesso de informação, confusão, desejo e medo. Os atores: Anabela Faustino, Alheli Guerrero, Ivo Alexandre, Marcos Barbosa.
    Escrevi também um ensaio para a revista Granta, Ensaio aberto, onde partia de uma citação da peça Grupo de vanguarda, de Vicente Sanches, para pensar o que era e o que podia ser o teatro hoje. A citação: “Todo o teatro — deve ser terrorista”, “todo o verdadeiro terrorismo — é verdadeiro teatro”.
    Agora é o ponto de chegada desse questionamento. Ou o ponto de interrogação dessa caminhada. Dois espetadores, em perigo de vida no lugar sagrado do teatro, revelam-se — e nós com eles?

O texto é meu, a encenação é do Ivo Alexandre, a interpretação é da Anabela Faustino e do Ivo Alexandre. Produção Ninguém.

Reportagem 23

"Estamos a contar isto porque, de momento, não nos vem à mente nada mais significativo." (Robert Walser)

A teoria da alegria está ao rubro

É o que digo hoje n'O Jogo.

Ponto de interrogação

É só para dizer que já está no ar o Ponto SJ. 

E eu tenho um texto nesse novo lugar de ideias: Desde que as montanhas estão proibidas.

"We call BS"

A fábula francesa de Chesterton

Hoje, n'O Jogo, falo do Minho, de Chesterton e do Glorioso. 

Eis que chegaram as zemanas Z

É o que diz a minha crónica n'O Jogo.

Rotura do ligamento cruzado anterior

Hoje caprichei no título da crónica — está n'O Jogo.

REP (Ritmo E Poesia)

Linguagem

"I agreed that language was becoming uglier the more it was becoming irrelevant to our needs."

(Dangerous, Joy Williams)

Gal Costa deve gostar disto

Dores filosóficas e o velho provérbio

É o título da minha crónica de hoje n'O Jogo (escrita antes de saber da gravidade da lesão de Krovinovic).

Uma fotografia de J.M. Coetzee

Reportagem 22

"Não há nenhuma relação especial entre as mensagens, exceto terem sido escolhidas com cuidado pelo autor, de maneira que, quando vistas todas ao mesmo tempo, produzem uma imagem da vida que é bela e surpreendente e profunda." (Kurt Vonnegut)

Walser

Robert Walser, Microscript 215 (tirado daqui)

Estéreo

Se jogarmos sempre assim

A minha crónica de domingo, n'O Jogo.

O melhor Álbum de 2018

O quê, ainda não sabem?