Na Calçada da Estrela, uma freira sozinha na paragem. Alta, clássica, e maravilhosamente fora de contexto. Como um recém-nascido no parlamento, uma pistola abandonada na lua, uma árvore no supermercado. Se os elétricos que sobem dizem "Prazeres", o que dirão os que descem? Uma mulher dentro de uma ideia. Jornal Local não consegue deixar de fazer a pergunta: haverá mais justa imagem para a relação entre espírito e mundo que uma freira a preto e branco num elétrico amarelo?
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