Durão Barroso mostra-se assustado com a possibilidade da esquerda formar governo. Esquecendo a parte da chantagem — de novo o papão dos mercados contra a escolha democrática dos portugueses —, o ex-líder do PSD vem agora trazer o argumento da interpretação autêntica dos votos. Como é óbvio, é um argumento que não serve. Um voto é um voto, não está sujeito a juízos de intenção, do género "prognósticos no final do jogo". Os deputados, que foram eleitos com aqueles votos, é que farão as escolhas que acharem corretas. Não, a democracia não pode ficar refém de um qualquer "toda a gente sabe". Até porque muitas pessoas também terão votado PS para virar a página da austeridade e derrotar a coligação PàF — o que, segundo esta linha de raciocínio, impediria a possibilidade de um acordo do PS com a coligação de direita...
Nenhum comentário:
Postar um comentário