O BE apresentou três condições para a viabilização de um governo liderado pelo PS: não ao congelamento de pensões, não à baixa da Taxa Social Única e não ao "despedimento conciliatório". Não se fala, portanto, de saída do euro nem sequer de qualquer tipo de restruturação da dívida. Mais: Catarina Martins garante mesmo uma solução de governo à esquerda "com estabilidade" (no Expresso).
Se, perante isto, o PS não se senta sequer a mesa com o BE, comete um erro histórico. Desde logo, perde-se uma oportunidade de ouro para a clarificação da nova situação política — saber se, no fim de contas, a maioria de esquerda existente no parlamento é só "negativa" — e, num outro nível, o PS perde também a possibilidade de trazer o BE para a conversa de como mudar a casa europeia sem a ameaça, à cabeça, de saída do euro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário