terça-feira, 30 de janeiro de 2024

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Ter a coincidência tranquila

Uma gralha no Público de ontem ganhou ressonâncias filosóficas neste leitor. Sim, talvez seja esse o segredo do bem viver: ter todas as coincidências tranquilas... 

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Falta tudo

"Apesar de tudo amo a minha época porque é a época em que falta tudo e, exatamente por isso, talvez seja o verdadeiro tempo do conto de fadas. E é claro que não entendo isto como a era dos tapetes voadores e dos espelhos mágicos, que o homem destruiu para sempre no ato de fabricá-los, mas sim a época da beleza em fuga, da graça e do mistério prestes a desaparecer (...)"



(Os Imperdoáveis, Cristina Campo)

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

O vento

 "Le vent n'ira pas où l'homme veut aller avec lui. Heureusement."



(Donner à voir, Paul Éluard)

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Millet e nós

Em Millet and the Peasant, diz John Berger: "I believe that he failed because the language of the traditional oil painting could not accommodate the subject he brought with him. One can explain this ideologically. The peasant's interest in the land expressed through his actions is incommensurate with scenic landscape. Most (not all) European landscape painting was addressed to a visitor from the city, later called a tourist; the landscape is his view, the splendour of it is his reward. (...) There was no formula for representing the close, harsh, patient physicality of a peasant's labour on, instead of in front of, the land. And to invent one would mean destroying the traditional language for depicting scenic landscape. (...) Thus Millet's failure and setback may be seen as an historic turning point. The claim of universal democracy was inadmissible for oil painting. And the consequent crisis of meaning forced most painting to become autobiographical. (...)"

    Isto fez-me pensar noutra arte, a arte da escrita. Se nós, os que queremos mudar o mundo e que, em certa medida, escrevemos contra o mundo, não teremos de encontrar novas formas. Se não estaremos, demasiadas vezes, presos ao ponto de vista convencional da época, à moldura "turística" do tempo que nos calhou na rifa. Se não teremos de furar a autobiografia para chegar à vida.