Sou um antónio antónimo, um cidadão anónimo, um eleitor atónito, um cantor afónico
e faço um rep de ritmo & prosa para dizer uma coisa, só quero dizer uma coisa:
não sentem essa palavra tão estranha, vergonha, atacar-vos os parágrafos do ser ao ver
isto: o primeiro-ministro,
quando questionado sobre o resultado das eleições na Grécia,
fazer um ar superior, para não dizer pior?
O texto dizia que ele não queria que a Grécia saísse do euro e da União, ah pois não,
mas o subtexto gritava que o que ele pensava
era mais tipo: será que estas entrelinhas ficam bem na imagem? será que assim me aceitam no grupo da chantagem:
Grécia, ou comes a nossa austeridade ou vais borda fora experimentar a tempestade a tempestade
a tempestade há de nos ensinar a humildade necessária para, para a próxima,
ler melhor os sinais e agir com o melhor de nós (estou mesmo sem voz)
Mas, para a próxima, Europa, será tarde arde mais demais
(dá para ouvir aqui)
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