Estreia hoje, em Arcos de Valdevez. Na Casa das Artes, às 22h.
Agora: uma comédia sobre o instante de uma tragédia. Houve um ataque terrorista no teatro, e dois espetadores, um homem e uma mulher, acabam lado a lado, a fazer de mortos, transidos de medo. Já terá passado o pior? Poderão falar? Nunca se sentiram tão assustados, tão esvaziados, tão vivos, tão próximos de alguém. O que é que isso fará deles? E o que é que eles farão disso?
Na sequência dos ataques terroristas em Paris — nomeadamente, o ataque ao Bataclan, uma sala de espetáculos —, o teatro, ou a interpretação ao vivo, aparece aos nossos olhos mais como é: um perigo.
Em cima do momento, a quente, escrevi uma peça, Grande cena (Teatro Oficina, encenação de Marcos Barbosa), sobre quatro atores, que, no conforto de uma sala, atravessam este nosso tempo de excesso de informação, confusão, desejo e medo. Os atores: Anabela Faustino, Alheli Guerrero, Ivo Alexandre, Marcos Barbosa.
Escrevi também um ensaio para a revista Granta, Ensaio aberto, onde partia de uma citação da peça Grupo de vanguarda, de Vicente Sanches, para pensar o que era e o que podia ser o teatro hoje. A citação: “Todo o teatro — deve ser terrorista”, “todo o verdadeiro terrorismo — é verdadeiro teatro”.
Agora é o ponto de chegada desse questionamento. Ou o ponto de interrogação dessa caminhada. Dois espetadores, em perigo de vida no lugar sagrado do teatro, revelam-se — e nós com eles?
Em cima do momento, a quente, escrevi uma peça, Grande cena (Teatro Oficina, encenação de Marcos Barbosa), sobre quatro atores, que, no conforto de uma sala, atravessam este nosso tempo de excesso de informação, confusão, desejo e medo. Os atores: Anabela Faustino, Alheli Guerrero, Ivo Alexandre, Marcos Barbosa.
Escrevi também um ensaio para a revista Granta, Ensaio aberto, onde partia de uma citação da peça Grupo de vanguarda, de Vicente Sanches, para pensar o que era e o que podia ser o teatro hoje. A citação: “Todo o teatro — deve ser terrorista”, “todo o verdadeiro terrorismo — é verdadeiro teatro”.
Agora é o ponto de chegada desse questionamento. Ou o ponto de interrogação dessa caminhada. Dois espetadores, em perigo de vida no lugar sagrado do teatro, revelam-se — e nós com eles?
O texto é meu, a encenação é do Ivo Alexandre, a interpretação é da Anabela Faustino e do Ivo Alexandre. Produção Ninguém.
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